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Agricultores do RS rezam pedindo chuva; prejuízos são estimados em R$ 250 milhões

15/02/2018 | Fonte: G1 | Acessos: 685

Grupo se reuniu em Cristal, primeira cidade a decretar situação de emergência por conta da estiagem. Problema afeta principalmente o Sul do estado.

A falta de chuva já fez com que 14 cidades decretassem situação de emergência no Rio Grande do Sul. Com prejuízos estimados em R$ 250 milhões, conforme a Defesa Civil, agricultores da cidade de Cristal, no Sul do estado, buscam na fé uma saída para a seca.

Na noite de quarta-feira (14), eles se reuniram na praça da cidade de 7 mil habitantes para rezar pedindo a mesma coisa: chuva.

Poços artesianos foram abertos de forma emergencial para abastecer as famílias, e também para os animais. Mas a solução não atende os problemas nas lavouras, que se perdem com a falta de chuva.

O agricultor Wilson Antunes produz soja, uma da culturas mais afetadas pela estiagem. Mesmo apelando para a fé, ele já sabe que a produtividade deste ano está comprometida.

"Se continuar assim, não tiver mais chuva, talvez 50%, 60% é o que a gente conseguiria colher, mas vai depender do tempo daqui para frente", afirma Antunes.

A falta de chuva faz com que plantas, que deveriam estar com um metro de altura, não cheguem nem perto disso.

A cidade de Cristal foi a primeira a decretar situação de emergência. As perdas somente na localidade chegam a R$ 30 milhões, e nem a chuva registrada no fim de semana mudou o cenário.

Outros 13 municípios também emitiram o decreto de situação de emergência, ou estão com com a documentação sob análise. São eles:

Amaral Ferrador
Morro Redondo
Pedras Altas
Canguçu
Arroio Do Padre
Turuçu
Cerrito
Camaquã
Herval
Chuvisca
Piratini
Pinheiro Machado
São Lourenço Do Sul
De acordo com o governo federal, a União já reconheceu a situação de emergência de Cristal, Amaral Ferrador, Hulha Negra, Morro Redondo e Floriano Peixoto.

Primeiro ocorre a homologação pelo governo estadual, quando as prefeituras passam a ter acesso a uma série de benefícios relativos à ajuda humanitária. Já o reconhecimento da União dá aos municípios uma garantia quanto a benefícios como ajuda humanitária, dispensa de processo licitatório, repasse de recurso, auxílio em obras de restabelecimento por meio de planos de trabalho, e outros.

"É o momento da cidade parar e se sensibilizar com aqueles que estão sofrendo com a seca, e também estar buscando Deus, a direção dele, não só conforto, mas também orientação para esse momento", afirmou o pastor Renato Reinheimer durante o encontro.

A seca já afeta a produção agrícola desde novembro do ano passado, quando parou de chover.

No mês de janeiro, por exemplo, a chuva gerou acumulado de 27 milímetros, valor bem abaixo da média histórica de 130 mm que é a prevista para o mês.

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